Valmor Bolan – Doutor em Sociologia e Especialista em Gestão Universitária pelo IGLU (Instituto de Gestão e Liderança Interamericano) da OUI (Organização Universitária Interamericana) com sede em Montreal, Canadá e Representa o Ensino Superior Particular na Comissão Nacional de Acompanhamento e Controle Social do Programa Universidade para Todos do MEC. -
Com a definição dos nomes para os Ministérios, vamos vendo, aos poucos, o perfil do novo governo, mais conservador, como tendência manifestada nas urnas, também no campo legislativo. Mas há uma expectativa em relação aos Ministérios da Saúde e da Educação. Realmente se tratam de dois ministérios muito importantes, tendo em vista as grandes demandas nestas áreas, de forte impacto social. Em se tratando da Educação, o desafio é imenso, pois o Brasil ainda está longe de uma melhor colocação no ranking mundial da Educação. Há muito que fazer. O fato é que o que vemos é a desvalorização do professor como profissional, baixa capacidade de aprendizagem, falta de disciplina, de concentração, de motivação, e foco pedagógico e didático atualizado etc., fazendo com que o Brasil tenha um sistema de Educação que não consegue cumprir com a sua finalidade social, que é garantir aos alunos o mínimo de conhecimento para lidar com os desafios da vida. Por isso, faz-necessário que haja uma nova estratégia, que leve em conta as carências da atual realidade e busque supri-las com medidas realmente eficazes.
Daí que a Educação deve ser prioridade, pois é à base das atual e nova geração. É preciso começar desde o ensino básico até o superior, criar condições para que o Brasil alcance níveis mais elevados na formação dos professores (e também nas melhores condições de trabalho) e de aprendizado dos alunos. Para isso, será preciso vontade política, determinação e conhecimento dos problemas. Por isso, será importante que o próximo ministro da Educação seja acima de tudo um educador, pois só assim compreenderá os desafios que terá pela frente, com condições mais adequadas de encontrar soluções.
Esperamos, portanto que o Ministério da Educação do novo governo seja profícuo em boas realizações, capaz de uma proposta ousada, com mudança de diretrizes, também pedagógicas, que conduza a melhores resultados. Que professores e alunos sejam vistos como prioridade, com investimentos, especialmente em pessoas, que permitam uma educação com efetiva qualidade.